"A universidade deve ser flexível pintar-se de negro, de mulato, de operário, de camponês ou ficar sem portas, e o povo a arrebentará e pintará a Universidade com as cores que melhor lhe pareça." - Ernesto Che Guevara

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O camponês 
 
O camponês dá carinho à sua terra,
como carinho dá o filho à sua mãe.
O camponês, tempos atrás cultivava seu sustento,
hoje o que faz sustenta o banco e mais alguém...
O camponês bebia água da fonte.
Hoje tem sede, a fonte secou também.
O camponês ainda cultiva sua fé, olha pro céu pra ver se ajuda
vem... O camponês se une com outros roceiros. Se organizando,
algum dinheiro até  que vem... Se a coisa aperta o camponês
busca   outras terras onde há promessa de uma vida que convém.
Se não dá certo, o camponês vai pra cidade, ser favelado,
bóia-fria, zé-ninguém.
Lembra da terra, sua mãe, o camponês, e reforma agrária
ele quer fazer também.
Se não conquista a terra, o camponês morre de tédio,
pois a cidade para ele dá desdém.
Mas, quando morre, o camponês conquista terra,
embora sejam poucos  palmos que  lhe convêm.
Mas pouco tempo pra usá-la tem o camponês, já que
logo  outros roceiros também vêm, disputam a terra
pra  descansar também...
  
(Poema extraído do livro "Geografia em Poesias: tempos, espaços, pensamentos..." do autor Luiz Cralos Flávio)

Créditos: Blog Tianguá Geografico

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